Dirigentes do novo complexo adiantam que complexo contará com 228 médicos
Com a solenidade de inauguração marcada para 16 de fevereiro e início de operação plena em 1º de março, o Hospital Monporto pretende ser uma referência na área da saúde em Rio Grande e para os municípios da região. O complexo é resultado de um aporte de R$ 150 milhões, feito por 26 empreendedores, sendo que apenas um não é da cidade e 22 deles são médicos. O presidente do Hospital Monporto, Rafael Avancini, lembra que a estrutura foi realizada “a partir do zero”, com a obra física começando em dezembro de 2021. O corpo clínico do hospital será formado por 228 médicos e entre enfermagem e técnicos em enfermagem serão mais em torno de 220 profissionais, em uma etapa inicial. O hospital começará a funcionar com 80 leitos, mas pode expandir para até 200, sem necessidade de novas obras. Esse total de leitos, estima Avancini, deverá ser alcançado em até cinco anos.
O empreendimento foi implementado em um terreno de 22 mil metros quadrados, ocupando uma área construída de 10 mil metros quadrados, com edifícios de três andares. A estrutura está localizada na Avenida Presidente Vargas, 501, próximo ao estádio Aldo Dapuzzo. Considerado um hospital de médio porte e alta complexidade, contará com Emergência 24 Horas, com as especialidades de clínica geral, ortopedia e traumatologia, cirurgia geral e pediatria em plantão presencial 24 horas. Também terá cinco salas de cirurgias.
Avancini frisa que outro ponto focado foi a tecnologia. “É o primeiro hospital do Interior do Estado que já nasce com estrutura pronta para cirurgia robótica”, comenta. Ele adianta que, quando as equipes estiverem capacitadas para atuarem com o robô, será possível adquirir o equipamento e usá-lo. O dirigente enfatiza que o projeto foi planejado para os próximos 30 anos. Outro benefício, segundo Avancini, é que o hospital servirá para reter talentos na região, já que a Universidade Federal do Rio Grande (Furg) conta com o curso de medicina. A perspectiva também é fazer com que as pessoas não precisem se deslocar por distâncias maiores para buscar atendimento. O dirigente informa que saem de Rio Grande, diariamente, 70 pacientes para irem até Porto Alegre, que fica a 320 quilômetros de distância, para fazerem exames ou serem internados.
O novo hospital atuará via convênios de planos e seguradoras de saúde e atendimento particular. Avancini salienta que cerca da metade da população rio-grandina (em torno de 192 mil pessoas) possui atualmente plano de saúde. O diretor financeiro do Hospital Monporto, Marcelo Molinari, acrescenta que a região estava muito carente quanto à oferta de estruturas médicas. Ele ressalta que a Zona Sul do Estado é formada por 29 municípios que abrangem cerca de 1,2 milhão de habitantes. “Uma população que está ávida por uma rede hospitalar como a nossa”, aponta Molinari. Os dois dirigentes do Hospital Monporto estiveram nesta segunda-feira (29) apresentando o projeto ao governador Eduardo Leite, no Palácio Piratini, em Porto Alegre. Posteriormente, visitaram o Jornal do Comércio e foram recebidos pelo diretor-presidente do JC, Giovanni Jarros Tumelero.
FERNANDA FELTES/JC
Jefferson Klein
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