Em um vídeo emocionante, uma mulher aparece realizando diversos movimentos com um braço biônico. A prótese responde a estímulos cerebrais para executar atividades como cortar frutas e fechar o zíper de uma mala.
O equipamento foi desenvolvido no Centro para Pesquisa de Biônicos e de Dor, da Suécia, e seu desempenho permitiu o mais alto grau de coordenação motora já atingido com uma prótese. A história de como o braço mecânico foi desenvolvido está contada em artigo publicado na revista Science Robotics, na quarta-feira (11/10).
O diferencial do braço biônico implantado em Karin, paciente sueca que perdeu o membro original há 20 anos, é que ele consegue interpretar os impulsos neurais, identificando a força e a intenção necessárias aos movimentos.
Antes de ter a prótese instalada, ela sofria com dores fantasmas, sensação comum em pacientes que tiveram um membro amputado. O uso do equipamento diminuiu a necessidade de analgésicos para controlar a dor.
A prótese é unida ao braço de Karin por fibras de titânio e sensores neurais. Ao longo de meses, os pesquisadores treinaram o braço biônico para identificar os impulsos cerebrais e saber diferenciá-los.
“Karin foi a primeira pessoa com amputação abaixo do cotovelo a receber este novo conceito de mão biônica. Os resultados obtidos com ela são promissores para o futuro uso da tecnologia em indivíduos que enfrentam perda de membros”, diz o neurologista espanhol Max Ortiz Catalan, chefe da pesquisa.
Apesar dos avanços obtidos, ainda não há uma previsão de quando próteses assim estarão no mercado.
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